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Métodos de reprodução assistida auxiliam na correção de possíveis riscos causados pela cesárea em mulheres que querem aumentar a família.

Os dados mais recentes do Ministério da Saúde revelam que dos 3 milhões de nascimentos no Brasil, 55,5% foram cesáreas e 44,5% partos vaginais. A escolha da via de parto deve ser realizada junto ao obstetra, considerando questões como a segurança e saúde da mãe e do filho, além da possibilidade de aumentar ainda mais a família. Isso porque, apesar de incomum após uma única cesárea, a cirurgia recorrente pode afetar a fertilidade da mulher e dificultar gestações futuras.

De acordo com Nícolas Cayres, gineco-obstetra creditado pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), o ideal é aguardar entre dois a três anos para se tentar uma nova gestação depois de uma cesárea. “É ideal adiar a concepção para que o útero regenere adequadamente, passe pelo processo de cicatrização da forma correta. Isso reduz a ocorrência de dores, risco de rotura uterina entre outras complicações possíveis”, explica o médico.

Contornando possíveis riscos na gestação pós cesárea

Após uma cesariana, as mães têm maior probabilidade da formação de aderências pélvicas, ou seja, faixa de tecido que une dois tecidos do corpo, como se fosse uma cicatriz anormal. “Uma vez formadas, as aderências ficam mais rígidas com o passar do tempo, podendo se expandir. No caso da cesárea, é comum essa aderência afetar as trompas, podendo gerar perda da sua mobilidade e ou mesmo obstrução. Se as trompas estiverem obstruídas não tem como o óvulo encontrar com o espermatozoide pois a passagem estaria bloqueada para ambos”, afirma Nícolas.

Cerca de 15% dos problemas de fertilidade feminina são atribuídos a problemas com as trompas. Isso porque a trompa ou tuba uterina é um canal importante e fundamental para que a gravidez se inicie. “São as trompas que captam o óvulo no momento da ovulação e o abrigam até que o espermatozoide chegue até ele para fertilizar. Por isso, quando diagnosticado, realizamos a lise, ou seja, a retirada cirúrgica das aderências de forma precisa e delicada para tentar eliminar qualquer impedimento à fertilização do óvulo” reforça o especialista.

Quando a cirurgia é contraindicada, não se obtém êxito com o procedimento, existem outros fatores associados (como problemas de semen) ou naquelas com uma faixa etaria mais avançada, a mulher ainda pode tentar engravidar por meio da Fertilização In Vitro (FIV). “A FIV é uma técnica de reprodução humana assistida de alta complexidade na qual os óvulos e os espermatozoides são colocados em um ambiente de laboratório que simula as condições das trompas. A produção ovariana de óvulos é maximizada com hormônios administrados na mulher. Após a captação dos óvulos pelo ultrassom vaginal acoplado a uma agulha longa que acessa os ovários, sob sedação anestésica, eles são deixados em uma incubadora por cerca de três a cinco dias para que a fecundação ocorra e o processo resulte na formação de embriões a serem transferidos ao útero da mulher”, conclui o especialista.

Conheça alguns dos possíveis riscos da cesárea:

•   Anomalias de placentação (placenta acreta, placenta prévia ou “baixa)
•  Rompimento do útero em gestação futura
por perda da elasticidade uterina
•  Dor pélvica
•  Infertilidade por problemas de aderência ou obstrução das trompas

Por Júlia Carneiro – Conversa Coletivo de Comunicação Criativa

 

Fonte: SBRA

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