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Felipe Canavez
O endométrio é um tecido normalmente encontrado apenas no revestimento uterino interno. A endometriose é uma doença caracterizada pelo crescimento do endométrio fora do útero, no interior da cavidade abdominal, aderindo aos ovários, aos ligamentos que sustentam o útero, ao intestino, aos ureteres, à bexiga e à vagina. Localizações fora da região pélvica também podem ocorrer, embora isso não seja muito comum. Este tecido, mesmo quando não se encontra na sua localização normal, responde aos mesmos hormônios que estimulam o útero mensalmente. Por essa razão, durante a menstruação, podem ocorrer sangramentos nos locais em que se encontra. Esses sangramentos são frequentemente acompanhados por cólicas, dor, irritação e formação de tecido cicatricial.
Para cada cinco mulheres com dificuldade para engravidar, duas têm endometriose. Caso a mãe ou irmãs sofram de endometriose, a chance de uma mulher apresentar este problema é sete vezes maior que em uma mulher cujas parentes não apresentem a doença.
Infelizmente, muitas mulheres não procuram ajuda, acreditando que seus sintomas sejam normais. Outras, em contrapartida, têm a doença, mas não apresentam sintomas típicos. Os principais sintomas da endometriose estão relacionados com a dor. Um quadro comum da doença são menstruações com cólicas cada vez mais intensas, muitas vezes fazendo com que a mulher sinta a necessidade de procurar um pronto atendimento para receber medicações intravenosas, mais potentes. Dor durante as relações sexuais aparece também como uma das principais queixas, se transformando em um grave problema na vida dos casais.
Quando a endometriose está acometendo o intestino surgem queixas de dor para evacuar, prisão de ventre e em casos mais agressivos sangramento ao evacuar.  Quando o quadro é mais avançado, a dor pode ter um caráter constante, não estando relacionada com o ciclo menstrual. Nesta fase, as medicações usuais não fazem mais efeito e um quadro de depressão poder surgir como consequência da piora significativa da qualidade de vida.
A endometriose é frequentemente encontrada em mulheres com dificuldade de engravidar, embora a presença da doença não implique necessariamente na infertilidade da mulher. Ter endometriose não significa que não pode haver gravidez. Na realidade, em alguns casos, a gravidez pode aliviar os sintomas da doença.
Os objetivos do tratamento da endometriose são melhorar a qualidade de vida por meio do alívio dos sintomas e melhorar a fertilidade, caso deseje ter um filho. Existem duas maneiras de tratar a endometriose: com medicamentos específicos ou por meio de cirurgia, que podem ser combinados em determinados casos.
Os medicamentos usados no tratamento da endometriose têm como objetivo, em geral, bloquear os hormônios que coordenam o ciclo menstrual, interrompendo o estímulo que faz com que a endometriose cresça a cada mês. Isso pode proporcionar alívio duradouro dos sintomas. Entretanto, existe o risco de efeitos colaterais e da doença continuar a evoluir em alguns casos.
A cirurgia de remoção da endometriose costuma ser altamente complexa, exigindo uma equipe médica com experiência nesse tipo de cirurgia e com domínio da cirurgia por vídeo, conhecida como vídeo-laparoscopia. Esta técnica tem a vantagem de ser menos agressiva para a paciente e, com a alta qualidade das câmeras de vídeo atuais, o cirurgião tem uma imagem mais precisa dos focos de endometriose a serem retirados.
O tratamento da endometriose dependerá de vários fatores. Os casos devem ser individualizados, levando em consideração o desejo de engravidar e as limitações do tratamento. O importante é fazer o diagnóstico precoce para que os transtornos da doença sejam minimizados e o tratamento seja mais rápido e efetivo.

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