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Casais que estão em tratamento de reprodução assistida costumam passar pelo seguinte dilema: contar ou não contar para as pessoas, principalmente familiares, que estão passando por um tratamento? Devemos dividir o que estamos vivenciando para outros, ou é algo pessoal que não deva ser dividido? Não há um padrão que irá se adequar para todos os casais, até mesmo porque as pessoas vivem em contextos diferentes, entretanto o texto a seguir pode ajudar na orientação de seu caso específico.

O tratamento inicia-se com uma escolha. Como não foi possível o método natural, o casal decide por buscar ajuda. Após todas as orientações do médico sobre os pormenores de todo o processo, surge a indagação: falar para outros ou não falar? Essa decisão também é uma escolha que deverá ser feita em consenso pelo casal. Se for decidir abrir o que estão passando, a primeira opção é falar para familiares, e os membros do casal vêm de famílias com histórias, demandas e forma de ver situações de maneira diferentes. Vamos às duas possibilidades.

As vantagens de contar estão em montar uma rede de apoio para auxiliar todo o processo. Familiares podem estar presentes durantes as aplicações, acompanhamento às consultas e aos procedimentos, até de receber conforto caso o tratamento não seja bem-sucedido. Famílias costumam estar disponíveis para ajudar, socorrer de última hora e conhecer os membros do casal por toda uma vida. Embora não sejam os protagonistas, em alguns casos ajudam até na tomada de decisões. E lembrando que com o sucesso do tratamento, serão as avós que irão auxiliar nos cuidados iniciais do recém-nascido. Então nada mais justo em serem incluídos em todo o processo.

É fato de que nem todas as famílias irão funcionar como rede de apoio. As relações familiares podem ser as mais maravilhosas, mas também podem vir acompanhadas de muitas tensões e relacionamentos ruins. Inicialmente pode ocorrer uma não aceitação do tratamento. Pessoas mais conservadoras têm certa dificuldade em entender os avanços da ciência e podem se tornar desconfiadas e até críticas. Em certos casos ocorrem pressões de pais por netos comparando com exemplos de outras pessoas da família que já possuem filhos. Um fato marcante relatado por casais é em relação às expectativas causadas pelo tratamento. Durante todo o processo existe a possibilidade de dar certo ou não. O casal costuma ter a consciência, recebendo da equipe médica a informação de que está fazendo uma tentativa e não algo garantido. Mas será que os familiares têm essa consciência? E como lidar com a frustração caso as coisas não ocorram como se espera? E lembrando que o processo não termina com um teste de gravidez positivo e sim com o nascimento do filho, os familiares estrão juntos em todos os momentos?

A decisão de contar ou não contar é totalmente pessoal. Junto o casal deverá avaliar todas as possibilidades tendo em mente o modo de agir de suas famílias de origem. Para ajudar nesta decisão o apoio de um profissional pode ser bastante útil. É necessária uma opinião isenta e o psicólogo é o profissional adequado para saber ouvir ambos os lados do casal e contribuir para que o tratamento ocorra da forma mais saudável possível.

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