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Excesso de peso corporal compromete ciclos hormonais e podem diminuir chances de reprodução natural em homens e mulheres.

O sobrepeso e a obesidade podem interferir significativamente na capacidade reprodutiva, especialmente por afetar os ciclos hormonais. Nas mulheres, o excesso de peso causa ciclos menstruais irregulares associados à disfunção ovulatória. Já nos homens, ele pode afetar a produção de testosterona, a vitalidade dos espermatozóides, causar disfunção erétil, alterações hormonais e redução no desejo sexual.

Segundo a médica ginecologista Marina Paes Barbosa, especialista em reprodução humana pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), a obesidade tem efeitos na secreção e no metabolismo dos hormônios sexuais. No Brasil, dados do Ministério da Saúde, 51% da população brasileira está acima do peso e, deste total, 54% são homens e 48% são mulheres.

“Em homens, a obesidade está associada ao comprometimento da função reprodutiva por causa do aumento do nível do hormônio estradiol, o que afeta a produção de espermatozoides. Nas mulheres está associada a menores chances de concepção devido à baixa qualidade dos óvulos, além de apresentar um maior risco para o desenvolvimento de complicações durante a gravidez. Além disso, a gordura em excesso faz com que o corpo produza maior quantidade de estrógeno, levando o organismo a limitar a produção hormonal ovariana, reduzindo, assim, as chances de ovulação e gravidez”, detalha a especialista.

A infertilidade é uma desordem complexa, que inclui aspectos médicos, psicológicos e econômicos, e atualmente é reconhecida como um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em média, um a cada sete casais é afetado pelo problema, o que equivale cerca de 15% da população. Dentre esses, para um número expressivo a infertilidade está relacionada ao excesso de peso corporal.

IMPACTO NAS MULHERES – Ainda por causa da obesidade, algumas mulheres podem desenvolver problemas mais sérios, como a síndrome dos ovários policísticos (condição caracterizada por anormalidade no processo de ovulação como consequência de um desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos) e a interrupção ovulatória causada pelo hipotireoidismo (quando a glândula tireoide não produz hormônio o suficiente).

Para mulheres com obesidade, ausência de ovulação e menos de 35 anos é aconselhável, primeiramente, perder de 5 a 10% do peso total, num período de até seis meses. Com isso, pode-se realizar a indução da ovulação por meio de medicamentos orais, levando de três a seis ciclos até a concepção. Se a paciente não engravidar, indica-se a realização da fertilização in vitro, uma das técnicas de reprodução assistida (TRA).

De acordo com a médica Marina Paes, a obesidade pode, ainda, atrapalhar a resposta ovariana durante os ciclos de fertilização in vitro, pois a estimulação com hormônios geralmente é mais longa e demanda maior dose de medicamentos. Além disso, nesses casos há maior risco de haver necessidade de cancelamento de ciclos e menor taxa de captura de óvulos.

“A obesidade pode afetar diretamente a morfologia (estrutura) do óvulo. Dessa maneira, compromete as taxas de fertilização e a qualidade dos embriões formados. Além disso, pode haver alteração da função do endométrio (tecido que reveste a parede interna do útero), diminuindo as chances de implantação do embrião”, finaliza a médica.

Por Suzana Tenório
Conversa Coletivo de Comunicação Criativa

Fonte: SBRA

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