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Dados inéditos da Anvisa mostram que o número de fertilizações por meio de inseminação artificial está crescendo no Brasil. Segundo o 12º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), em 2018, foram realizados 43.098 ciclos de fertilização in vitro (FIV), enquanto em 2017 foram 36.307 ciclos. Isso representa um aumento de 18,7% na quantidade de procedimentos. O estado de São Paulo liderou o número de procedimentos realizados, somando 20.170, o que representa 46,8% do total do país. Em segundo e terceiro lugares, respectivamente, ficaram os estados de Minas Gerais (4.221) e Rio de Janeiro (3.959).

O documento aponta também que, em 2018, foram congelados 88.776 embriões, um crescimento de 13,5% em relação ao ano de 2017, com 78.216 embriões. A Gerência de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos (GSTCO) da Anvisa afirma que as informações do relatório confirmam a tendência de alta desses números no Brasil. Os estados que mais congelaram embriões foram São Paulo (38.496), Minas Gerais (10.554) e Rio Grande do Sul (7.016).

O motivo por trás dos números

A ginecologista Marina Barbosa, membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) afirma que o principal motivo do crescimento dos tratamentos de fertilização in vitro é o adiamento da maternidade. “Cada vez mais as mulheres estão engravidando mais tarde. E com o avançar da idade, tanto a quantidade como a qualidade dos óvulos ficam comprometidas, o que faz com que encontrem dificuldades para engravidar naturalmente”, diz. Os problemas de fertilidade dos casais também ajudam a engordar esses dados.
Segundo a médica a partir dos 35 anos a fertilização in vitro já é mais indicada do que outros tipos de tratamento, como a estimulação da ovulação (feita com medicamentos orais), que é mais indicada para quem tem ciclos menstruais irregulares, porém tem menos de 35 anos.

Diferença entre a fertilização in vitro e a inseminação intrauterina

Na inseminação intrauterina, a fertilização pode acontecer naturalmente dentro do corpo da mulher depois que ela toma um hormônio para o amadurecimento dos óvulos e uma gota de sêmen concentrado é colocado dentro do seu útero, onde irá encontrar naturalmente o óvulo já maduro. Daí em diante, o organismo é responsável pela formação do embrião. “As chances de gravidez em apenas uma tentativa para mulheres abaixo de 35 anos fica em torno de 14%. Já para as de 40 anos é de cerca de 2% para cada vez, praticamente igual à de uma gravidez naturalmente nessa idade”, diz a médica.

Já na FIV também usa-se um hormônio para estimular o desenvolvimento dos óvulos, porém em doses mais altas, e quando eles estão maduros, faz-se a coleta por meio de uma seringa grande, enquanto a paciente permanece sedada. Essa agulha aspira os folículos (como se fosse a “casa” dos óvulos) do ovário. Esse material é enviado para laboratório, onde o embriologista avalia quais são os melhores para serem utilizados. O espermatozoide é então enviado para incubadora e, junto ao óvulo, é feita a fertilização, que resulta no embrião, que é colocado diretamente dentro do útero. “É o encurtamento de um processo. E então só precisamos torcer para que esse embrião seja implantado dentro do útero e a gravidez evolua a partir daí”, diz a especialista. “Para cada óvulo as chances de gravidez são de 30% em mulheres até 35 anos. Já aos 40 anos, a chance cai para 5% a cada embrião”, diz.

 

Fonte: Revista Crescer

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