Shopping 33 Torre 4

12 Andar - Sala 1201

Telefone

(24) 99246-4951

Social:

Marilaine descobriu a doença em 2011, passou por duas cirurgias e precisou recorrer a fertilização para realizar o sonho de ser mãe.

Uma doença ainda pouco conhecida, segundo especialistas, a endometriose atinge uma em cada 10 mulheres. A condição é caracterizada quando o endométrio — tecido que reveste o útero e que descama a cada menstruação — adere em outros tecidos da pelve, causando uma inflamação crônica.

Além do desconforto pélvico e das cólicas, a endometriose pode causar também infertilidade. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, cerca de 40% das mulheres com infertilidade têm a doença.

O médico ginecologista, especialista em reprodução humana, Felipe Canavez, explica que o diagnóstico poder ser feito por exames de imagem como ressonância pélvica, ultrassonografia transvaginal e exames de sangue específicos.

“Temos que prestar atenção aos sintomas e avaliar a história clínica da mulher. Pacientes com cólicas menstruais que aumentam progressivamente devem sim investigar”.

Apesar de ser uma doença comum, em média, o diagnóstico de endometriose demora de sete a oito anos para ser confirmado.

O Março Amarelo tem como objetivo conscientizar mulheres e homens sobre o diagnóstico precoce, os riscos, sintomas e formas de tratamento. Ao longo do mês são realizadas ações em todo o país para orientar a população.

Diagnóstico e oito anos de tratamento

Marilaine e o marido pouco antes do parto — Foto: Arquivo Pessoal

Em 2011, a professora Marilaine de Melo, de 32 anos recebeu o diagnóstico da doença, depois de passar um ano tentando engravidar. No caso dela, a única forma de tratamento recomendada pelos médicos era a cirurgia.

“Eu nunca tinha ouvido falar de endometriose e nunca tinha operado na minha vida. Pra mim foi muito ruim escutar isso. Mas eu não desisti”.

Segundo o dr. Felipe Canavez, no geral, o tratamento vai depender do grau e da extensão da doença. “Depende, por exemplo, se a paciente vai ou não querer ter filhos. Os tratamentos são medicamentosos, com uso de hormônios ou injeções, ou cirúrgicos”.

Após passar pela cirurgia, ela refez os exames e deu início novamente às tentativas de gestação. “O processo foi longo até eu engravidar. Isso porque cada hora aparecia uma coisa”, explicou a professora.

“Hoje tenho a Maria e o Miguel graças a Deus e aos meus médicos. Só de lembrar já me emociona”

Com a endometriose tratada, um novo diagnóstico adiou e dificultou ainda mais o sonho da maternidade para Marilaine. Ela descobriu uma obstrução nas trompas.

“O médico me explicou que a endometriose também causava essa obstrução e que eu não conseguiria engravidar de forma natural. Isso foi mais um “baque” pra mim”.

A solução foi recorrer a um tratamento de reprodução assistida. “Meu último, e único, recurso foi a fertilização in vitro. Eu operei novamente de endometriose e dei início ao processo de congelamento dos óvulos”.

Marilaine com os gêmeos Maria e Miguel — Foto: Arquivo Pessoal

Depois de oito anos batalhando entre procedimentos cirúrgicos e diagnósticos, veio o tão aguardado resultado positivo. E para compensar todo o esforço, um positivo em dobro: gêmeos.

“Foi muito bom. Só de lembrar já me emociona. Hoje tenho a Maria e o Miguel graças a Deus e aos meus médicos. Foi bastante longa a minha caminhada, mas foi tudo na hora de Deus”, lembra Marilaine.

Gêmeos Maria e Miguel — Foto: Arquivo Pessoal

 

Fonte: G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Atendimento