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Homens diagnosticados com depressão podem contribuir para diminuir as chances de gravidez do casal em tratamento de infertilidade.  É o que aponta o estudo do Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) – publicado pelo periódico científico “Fertility and Sterility”.  A pesquisa também identificou que o uso de alguns antidepressivos pela mulher (como os inibidores não-seletivos de recaptação de serotonina) pode elevar o risco de aborto espontâneo nas primeiras semanas da gestação.

De acordo com o médico creditado pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, Fábio Eugênio Magalhães Rodrigues, o resultado é esperado porque o fator depressivo no homem diminui a libido, e o uso de alguns medicamentos antidepressivos retarda a ejaculação e afeta a qualidade da produção do sêmen. “São fatores que contribuem para diminuir a frequência da relação sexual em casais que tentam engravidar por métodos mais simples como a indução de ovulação ou inseminação intrauterina”, aponta o médico.

Em contrapartida, a pesquisa não identificou qualquer problema na chance de gravidez se a metade feminina do casal sofrer com depressão ou usar outro tipo de antidepressivos. “O único ponto de atenção é direcionado àquelas que fazem uso de antidepressivos não seguros, pois podem ter um risco de aborto no primeiro trimestre”, explica Rodrigues.

Os remédios mais seguros são os inibidores seletivos da recaptação da serotonina como a fluoxetina e sertralina pois carreiam risco mínimo de formações congênitas durante a gravidez. “Mulheres em idade reprodutiva precisam redobrar atenção em relação ao uso contínuo de medicamentos. É preciso assegurar a saúde do feto e não prejudicar o processo de formação”, reforça.

Apesar do uso de antidepressivo não diminuir a chance de engravidar, recomenda-se buscar a orientação do psiquiatra para que ele avalie a possibilidade do desmame antes do tratamento ou a diminuição da dose.

A Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida defende uma abordagem multidisciplinar aos casais com problemas de fertilidade conjugal pois, muitas vezes, eles se sentem  inseguros e fragilizados. “Prezamos pelo cuidado com os fatores psicológicos e da saúde física e mental como um todo. É importante o apoio em conjunto entre o médico e a equipe de psicólogos para quaisquer indicativo de stress ou depressão”, finaliza. Lembrando que os tratamentos de psicoterapia podem ser conduzidos inclusive sem medicação.

Amostra e resultados – Os pesquisadores analisaram dados sobre 1.650 mulheres e 1.608 homens. Entre elas, 5,96% foram classificadas como tendo depressão severa, contra 2,28% deles.

A combinação de dados também mostrou que as mulheres que usavam antidepressivos inibidores não-seletivos de recaptação de serotonina tinham 3,5 vezes mais chances de um aborto espontâneo no primeiro trimestre da gravidez do que as que não tomavam este tipo de medicamento.

Já nos casais em que o homem era quem sofria com depressão severa, os cálculos indicam que eles tinham uma chance 60% menor de chegar à concepção e uma gravidez a termo do que os que o homem não estava deprimido.

A pesquisa revelou ainda que 41% das mulheres que procuram tratamentos para infertilidade sofrem com sintomas de depressão enquanto cerca 50% dos homens de casais que buscam o tratamento de fertilização in vitro são deprimidos.

O estudo excluiu casais que passaram por tentativas de fertilização in vitro porque os autores consideraram que este tipo de procedimento poderia contornar algumas das possíveis influências da depressão na concepção, como um desejo sexual reduzido ou baixa qualidade do esperma.

Por Deborah de Salles com informações publicadas em O Globo

Fonte: SBRA

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