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Especialistas recomendam ida regular ao médico e adoção de hábitos saudáveis para preservar a fertilidade masculina.

A varicocele, obesidade, sedentarismo, estresse, tabagismo, uso de drogas ilícitas e alcoolismo são alguns dos inimigos da fertilidade masculina. Na semana em que o Brasil comemora o Dia do Homem, 15 de julho, a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) alerta para os riscos desses e outros fatores relacionados a comportamentos que podem comprometer a capacidade reprodutiva dessa população.

Segundo revela a última Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo IBGE, os homens brasileiros vão menos ao médico do que as mulheres: 63,9% deles procuraram um profissional nos 12 meses anteriores à entrevista, contra 78% das mulheres. O reflexo pode ser visto na taxa de infertilidade masculina, pois muitos fatores de risco estão associados à negligência com a saúde, ampliando as chances de tornarem-se inférteis por puro descuido.

Os dados do IBGE revelam um comportamento machista de homens que associam idas ao médico como algo necessário apenas a crianças, mulheres e idosos. “Sem dúvida, esse comportamento prejudica seu potencial fértil. Vivemos numa sociedade em transformação mas ainda eminentemente machista, na qual o homem é visto como herói, provedor, invulnerável e insensível. Não ir ao médico seria, de alguma forma, expressão de sua masculinidade”, afirma o urologista e especialista em reprodução humana da SBRA Renato Fraietta.

Ele acredita que se trata de uma realidade geral masculina que passa de pai para filho, começando na infância e na adolescência. Para exemplificar a questão, o médico aponta um artigo produzido para a revista Diagnóstico e Tratamento sobre varicocele no adolescente, elaborado juntamente com o urologista Matheus Ferreira Gröner. “A varicocele é a principal causa de infertilidade masculina. Ela afeta cerca de 15% dos adolescentes do sexo masculino, iniciando seus primeiros sinais a partir dos 16 anos de idade. Frente ao diagnóstico, o acompanhamento e o tratamento, quando indicados, são capazes de reverter esse cenário e prevenir possível infertilidade futura”, aponta Fraietta.

No entanto, o artigo mostra que a procura por ajuda médica preventiva não é corriqueira para os rapazes, como acontece com as meninas. Para os autores, essas crianças e adolescentes crescem aprendendo que demonstrar fragilidade e procurar ajuda não é digno de sua posição na sociedade, o que reflete em dificuldade de cuidado à saúde do homem adulto, sendo esse padrão um dos responsáveis por dados alarmantes, como a alta mortalidade masculina. De maneira geral, os homens vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres

Estilo de vida afeta a fertilidade – De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), fatores masculinos representam cerca de 40% dos casos de infertilidade conjugal. Segundo Lister Salgueiro, andrologista e especialista em reprodução assistida da SBRA, existem mais de sessenta causas para a infertilidade masculina, desde as externas como quimioterapia e radioterapia, traumas intensos na região genital e infecções, até as comportamentais.

“O estresse, fumo, uso exagerado de álcool e consumo de drogas, principalmente maconha, podem afetar a produção de espermatozoides”, explica Salgueiro. O uso de determinadas medicações também afeta a qualidade dos espermatozoides.

A recomendação para os homens que desejam preservar a sua capacidade reprodutiva é adotar um estilo de vida saudável. “É importante manter uma alimentação equilibrada, evitar o excesso de peso, não fumar, não ingerir álcool, não usar drogas e certas medicações, além de outros cuidados”, afirma Salgueiro.

A prática regular de atividade física moderada também ajuda, pois melhora o metabolismo do homem e a sua saúde em geral. Além de bons hábitos de vida, a SBRA recomenda que realizem consultas e exames médicos de rotina para preservar a fertilidade. E sempre é bom lembrar da importância da higiene local. A falta dela leva a 40 mil casos de câncer de pênis por ano no Brasil.

Sinal vermelho – Caso o homem desconfie de infertilidade, exames específicos podem detectar o problema. O espermograma – ou análise do sêmen – é, até hoje, o mais importante exame para investigar a capacidade reprodutiva dos homens, pois avalia a quantidade e a qualidade do espermatozoide para fertilizar um óvulo, indícios de infecção e outras anormalidades do sêmen. Mas existem outros exames, como o ultrassom de testículos com Doppler, que permite avaliar diversos fatores que podem causar infertilidade, como atrofias, obstruções e varicocele; a cultura seminal; e outros testes de qualidade e genéticos, como o de fragmentação espermática.

No caso de detecção de algum problema, existem opções de tratamento. De acordo com os especialistas, é primordial ter um diagnóstico bem feito para identificar o método mais indicado para superar essa dificuldade.

Por Fernanda Matos, Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada

 

Fonte: SBRA

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