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O aumento da pressão arterial durante a gestação é um fator que pode comprometer a vida da mãe e do bebê. Esse problema é classificado como doença hipertensiva da gestação, também chamado de pré eclâmpsia.  A enfermidade afeta de 3 a 5% das gestantes a partir do segundo trimestre de gestação. Ela ocorre por uma invasão placentária defeituosa na parede uterina. Esta invasão ao útero materno cria um ambiente de aumento de resistência vascular cursando com a liberação de diversas substâncias que provocam um aumento da pressão arterial materna (hipertensão), aumento da permeabilidade capilar e disfunção renal.

Em alusão a 26 de abril, Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, o médico creditado pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, Carlos Alberto Marcondes, fala dos riscos e cuidados que requer uma gestação em que as mulheres desenvolvem a pressão alta.

O que é Pré-eclâmpsia?
Carlos Alberto Marcondes (CAM) – Pré-eclâmpsia é uma enfermidade que afeta 3-5% das gestantes a partir do segundo trimestre de gestação. Ela ocorre por uma invasão placentária defeituosa. Esta invasão ao útero materno cria um ambiente de aumento de resistência vascular cursando com a liberação de diversas substâncias que provocam um aumento da pressão materna (hipertensão), aumento da permeabilidade capilar (edema) e disfunção renal.

Quais os sintomas?
CAM – A Pré-eclâmpsia pode ser assintomática, mas na maioria dos casos ocorre inchaço de face, mãos e pés (edema) além do ganho excessivo de peso. Na Pré-eclâmpsia grave podem aparecer dor de cabeça, distúrbios visuais, dor no epigástrio (estômago) e confusão mental.

Como a Pré-eclâmpsia afeta a gestação?
CAM – A Pré-eclâmpsia pode provocar, pela disfunção placentária e hipertensão,  diversas alterações na gestação. Por exemplo, restrição do crescimento intrauterino fetal, insuficiência placentária e diminuição do líquido amniótico.

E os riscos?
CAM – O risco com o não controle da doença é desenvolver as formas mais graves da doença que são a Síndrome de HELLP e Eclâmpsia. Na primeira, ocorre a hemólise (anemia por destruição dos glóbulos vermelhos), disfunção do fígado e a diminuição de plaquetas. Já na eclâmpsia as convulsões que podem ser provocadas por este aumento da pressão arterial.

Como fazer o diagnóstico?
Os critérios diagnósticos para a pré-eclâmpsia foram alterados em 2014 e definem pré-eclâmpsia como aparecimento de Hipertensão em paciente previamente sem a doença após 20 semanas de gestação combinado com proteinúria (perda de proteína na urina > 300 mg / dia) ou disfunção orgânica. A presença de disfunções orgânicas maternas, tais como injúria renal, alteração hepática, neurológica ou hematológica ou hipertensão severa definem pré-eclâmpsia grave.

A combinação de artéria uterina fina no primeiro trimestre, fator de crescimento placentário, e proteína-A no sangue materno prevê o início precoce de pré-eclâmpsia (sensibilidade de 93%; especificidade 95%), mas esse modelo precisa ser validado. No momento não existe nenhum biomarcador que possa ser recomendado para predição de risco de desenvolver a pré-eclâmpsia.

Quais são os tipos de tratamento?
CAM – A primeira medida é monitorar a pressão. A depender do caso, recomenda-se o controle da pressão com medicamentos e/ou internação hospitalar para acompanhamento frequente de possíveis alterações.

Hipertensão Arterial em mulheres antes da gestação é fator de risco?
CAM Sim. Uma das explicações para esta invasão placentária deficiente é a presença de hipertensão prévia. Outros fatores de risco são doença renal crônica, diabetes (tipo 1 ou tipo 2) e doenças autoimunes incluindo lúpus ou síndrome de anticorpos antifosfolípides.

Mulheres acima de 40 anos, com índice de massa corporal de 35 kg/m² ou mais, síndrome do ovário policístico, história familiar de pré-eclâmpsia, gestação múltipla ou aquelas que doaram um rim são duas vezes mais propensas a desenvolver a pré-eclâmpsia.

Quais as outras formas em que a RA pode ajudar as mulheres hipertensas?
CAM – Quando possível, somente um embrião é transferido para a paciente no tratamento de Fertilização In Vitro. Em casos graves de hipertensão ou doenças que coloquem a vida materna em risco, pode ser lançada a mão do útero de substituição ou a chamada “barriga de aluguel”. Lembrando que a cessão temporária do útero, a partir do ano passado, é permitida para parentes ascendentes (mãe, irmã, tia e prima) assim como descendentes (filha e sobrinha).

Por Deborah de Salles
Conversa Coletivo de Comunicação Criativa

Fonte: SBRA

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